quinta-feira, 3 de junho de 2010

KK

Acaso fosse-me um breu as veredas vielas
Acaso fosse-me a vida um vazio de janelas
E fossem-me das mãos os falhos dedos setas
E fosse-me o chão um fundo fato meta

Sei que estarias lá, como a valsa nos amantes,
Estarias lá alumiando o torto andante
E voando ia rasgante enquanto o céu me fosse queda.

Seriam os olhos de condor, de amor voante,
Pois ei-los tão atentos: globos sentinelas
Ei-los, sacros, sol: amor gigante!
E ei-los, pois, perenes: o amor que espera.

Mas fosse-me a vida uma aventura errante
Pois é que tu não estarias nela.

3 comentários:

Fernando disse...

Meu caro, não é que fiquei espantado com a inegável - e um tanto inacreditável - coincidência ocorrida.... veja isto: http://fejapimenta. blogspot.com/2010/06/kkk.html

Nós postamos cada qual um poesia, você num dia antes que eu, e ambas levam no título apenas "K"s, com a sutil diferença de que na sua são 2 os "K"s, e na minha, são 3 no total.

Na minha é um acrônimo, que, lido o poema, será naturalmente decifrado.

Devo dizer que venho lendo alguns poemas de sua página e posso elogiá-lo de coração. Estou feliz por vê-lo escrevendo cada vez mais solto e experiente.

Vou comentá-los aos poucos...

Anônimo disse...

Pois é, rapaz! Eu reparei, hahaha. Eu li o poema do KKK, achei excelente. Fui meio lerdo pra tentar decifrar, mas depois ficou tudo claro. É mágico quando isso acontece!

Valeu pelos comentários, fico feliz mesmo! E mais feliz por vir de vc, que entende bastante dessa arte complexa que nos aventuramos com gana!

Abçs

Anônimo disse...

Excelente, El Ratón. Meus sinceros parabéns.