segunda-feira, 18 de julho de 2011

Poema Achado

Recostado à janela
Não sei se eu vivo ou morto
Sob o apoio que me guarda a alma.
Vejo passar o ar, passar um pássaro
E seus silêncios contidos...
Eu sei que da janela passa um mundo que já vivi
E que jamais viverei
Dentro de uma janela.
Passam versos que pingam nos casais
E nos casais se formam: sua cor, seus ésses
E seus sons embriagados...
São só casais,
mas guardam em si toda a poesia do mundo.

Nenhum comentário: