É a hora do ócio! O momento mais improdutivo do dia. É aquele cansado momento em que sentamos na cadeira a frente do pc e ficamos tortos e indiferentes, olhando para o além. Aquele instante de horas em que à humanidade em nada contribuiu, um momento triste e inquieto mentalmente, não há o que agir, só o que pensar, sem escapatória.
O ócio é preguiçoso, valente e espalhafatoso, não vê a hora de chegar, e quando chega, fica e mostra. Não sai nem que rogue, cante, fuja, não importa, ele vem, e quando vem, todos percebemos. Diferentemente da vadia (ler postagem 1) ele aparece o tempo todo, na forma mais horrível que se possa imaginar, atraindo-te às mais diversas variações de ociosidade possível. A mais comum é conhecida como "Orkut", e já virou mania, é a preferida do ócio. Temos também os joguinhos dial-up (como poderia deixar de citá-los) estes ocupam um bom tempo em nossas medíocres vidinhas improdutivas durante o ócio.
O problema, o grande problema, é que o ócio se informatizou por inteiro, a tal da inclusão digital chegou até ele com um modem e disse: Toma, USE-O EM DEMASIA.
À partir de então, nossas vidas passaram de pacatas aventuras rotineiras (como ler um bom livro, estudar, ir até a mercearia, brincar na rua, escrever, PENSAR) para extraordinárias balbúrdias on-line em que olhamos centenas de fotos e assuntos relacionados a vida dos outros.
Assim não dá, pois o que não percebemos, é que estamos no transformando em zumbis-vivos, a nossa vitalidade é extraída do pescoço dessa enorme rede de conhecimento chamada internet. Que conhecimento é esse? Aquele que nos deixa corcundas? Aquele que nos atrai o ócio como um bom imã de improdutividade? Aquele que nos repulsa de um bom livro?
Chega! Cansei de ti, ócio! Serve-me para escrever, apenas, mas se a vadia não vem, torna-te a coisa mais repugnante, deprezivel e incapacitada que eu infelizmente... Amo.
De: Maria-do-Carmo.
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