Dos poetas, sonhadores e de Adão.
Apaguem da cabeça o verbeto conciso
Pois não o conhecem, paraíso, em si
Quem jamais foi, ou viu, Cambury.
Nem viverão a efemeridade do tempo
Quando as ondas bolem na areia.
E, na água, vê-se pé por inteiro
Enquanto a cabeça à risca do mar...
No céu azul passa o vento com o tempo a boiar...
Vê-se de um lado mata densa, igual ao outro
Lado, de beleza, todos têm, natureza,
Viva...
Brotam dos céus as odes místicas
Brumas ao léu murmuram, paralíticas.
Ai, Cambruy dos meus sonhos...
Chupo-te num coco do mato!
Nona sinfonia aos ouvidos fadonhos
Sua paz me suga, oh prainha,
A amada minha é seu fato.
Rio Cambury te corta em duas
Cambury, qual sexo.
Água que beija água entre as rochas
E poetas, a sorrir do seu jeito
Cambury, de bolir com meu nexo.
Camburizinho, me dá paixão
De galgar por entre as rochas
à sua esquerda. É perigoso tesão,
Qual tocha que se atea na caverna,
Por seguir por te seguir por entre as pernas.
Te proclamo o meu amor,
Praia do norte. Não há Olimpo
Nem Babilônia igual seu porte.
Amar-te-ei até a morte -e depois também -
Camburizinho dos meus sonhos: amar-te-ei até do além.
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