sexta-feira, 2 de julho de 2010

Seis sonetos de exaltação - II

II

Eis que súbito a orquestra nos ruge
E me surge como uma oração...
Incutindo em meu peito punção,
Tresloucando meu corpo amiúde.

Pus tua mão na mia mão que pude
Num silêncio que troa amplo vão...
Descompondo-me ao tempo de então,
Maculando-me as safas virtudes.

Via arcos... violinos amigos
Melodias de timbres infindos
Musicando o teu tato dado

E voei... com que a nota leva
Tonto e leve avoado co'a entrega
Do teu alvo dedo no meu entrelaçado.

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