A galgada madrugada da alta lua que trespassa Despeja-me um tal frio que me cintila no pulmão. E despeja cá também albina e lépida luz rasa De uma estrela, tu Helena, enevoando-me a razão. És tu a madrugada, gota quente de sonata Rosa estrela, estrela rosa, és um ponto à escuridão Que derrama, de beleza, o calor que a alma mata Sufocando-me de calma e doce paz no coração. Aspirava escalar-te, estrela alta, pura Helena Pelo plácido caminho, via alva a rota albina Pra dizer-te, sussurrar-te, embebido em ébria cena: "Desce à terra, amor infindo, seja a vida e minha sina. Dê-me os dedos, dê-me os olhos, neste pálio não mais trema E alumia-me mia alma co'esse brilho que rebrilha."
Ócio é repouso, vagar, preguiça ou descanso (em seu sentido literário). É este que se aplica aqui, não o sentido negligenciado, sim, o de vadiagem. Oblíquo aqui remete ao torto, reverso, incorreto, o que mais cabe neste blog.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Seis sonetos de exaltação - I
I
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