VI Ia arfando pela terra padecido de euforia, Caminhando grave e simples com a noite no arfar. Não sabia, Heleninha, tristes dores que há no amar, Quand disto-te no espaço que a distância percorria. Mas a vida, amor infindo, deu-me à vista o que eu não via: Deu na terra que eu na terra só queria te plantar. Semear mais bela flor que o cosmo sonha ter no altar E colher-te com meus braços de colher perfumaria. Expande a flor sedosa: rubras pétalas pro aquém! Leve ao vento as suas cores, cede à terra o seu florão, Que a noite o aroma adoça e faz o dia raiar bem. E tão bem raízes possam aspirar do coração, Desse peito que remoça e reforça meu alguém, O amor que a ti eu nutro, sempre ébrio de emoção!
Ócio é repouso, vagar, preguiça ou descanso (em seu sentido literário). É este que se aplica aqui, não o sentido negligenciado, sim, o de vadiagem. Oblíquo aqui remete ao torto, reverso, incorreto, o que mais cabe neste blog.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Seis sonetos de exaltação - VI
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