Da última vez que vira o céu, como quem mira o chão de estrelas, fitara um teto de letras pingantes. Dera nome de pedaços a cada uma delas: L E N A, e deixou-as pousando em sua rede. Quem sabe dera nome de letras - entre tantas goteiras perdidas no além - à estrelas já sem donos? Será que brilhavam no breu e se fizeram órfãs de casais? E se seus pais morreram e viraram irmãs? e se esqueceram seus nomes na ponta de outros lábios?
Fariam dessas esterelas trevas em mandarim?
Da última vez que vira o céu, nomeara o cruzeiro do sul e prometera guiar-se infinitamente por ele, até que uma de suas pontas desmaiasse e seu amor se desentendesse: _ E N A; L _ N A; L E N _?
Hoje o céu desmaiou em sua cabeça. Tantas palavras... e descobriu que na calha de letras errava uma rasura.
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