Não é tão moderna e atual essa minha vontade incontrolável e fixa de tornar-me essencialmente escritor, jornalista de profissão (fome ninguém quer passar), mas não sendo jornalista, a grande vontade minha é trabalhar com textos e redação, qualquer área envolvida em criação ou versificação de textos agrada muito minha ânima, como algo único e eficaz para fazer a alegria brotar em meu peito.
Atentando a essa vontade, eu recebi um convite da minha “Muié” (a que todos costumam chamar de “mãe”) de visitar a área de imprensa da empresa em que trabalha, de pronto aceitei, parecia algo interessantíssimo e uma experiência rica pra entender melhor como jornalismo funciona na prática. Saímos de casa às 7 da manhã e chegamos lá por volta das 7:45, comemos pães de queijo acompanhados de chocolate ao leite n’uma lanchonete do prédio e subimos. Achei muito legal conhecer o pessoal e o prédio aonde está instalada a Pharmexx Brasil. Um ar muito aconchegante e confortável a área de trabalho daquela empresa possui, um certo clima de amizade, e não de hostilidade e frieza que percebemos em muitas multinacionais desorganizadas e desmanteladas, essa foi a primeira coisa que notei ao entrar pela porta de vidro, esse diferencial de suma importância à qualquer empresa, grande ou pequena: uma vibração de união pairando no ar, na copa, nos escritórios e principalmente nas salas dos diretores e presidentes engravatados.
Após ser apresentado a todos, fui dirigido à sala de apoio e imprensa da Pharmexx, esperei lá o jornalista e escritor que teria o cargo de apresentar-me à profissão, foi nesse meio tempo de espera que minha mãe voltou ao seu oficio com ânimo, uma grande prestatividade, um adjetivo muito notável nela, uma força de vontade irremediável, muito mais que apreciável. Foi um rapaz de óculos E escuros cabelos que entrou pela porta cumprimentando a todos, era seu último dia lá na empresa, seu nome é Rodrigo Capella e admirou-me muito o fato dele ter lançado seu primeiro livro aos 16 anos, algo que quero fazer (com muita sorte) antes dos 19. Cumprimentei-o e ele logo se dispôs a ajudar-me e ensinar o jovem, ainda inexperiente no ramo e imberbe na tez. Eu aprendi muitas coisas, mais do que presumia aprender na verdade, e ele disse-me algo óbvio mas que eu ainda não tinha parado pra pensar: a divisão do jornalismo entre redação (midias em gerais) e jornalismo empresarial, no caso, os jornalistas dentro de empresas trabalhando e escrevendo com um único propósito de divulgar o nome da própria empresa (embora a rede Globo faça explicitamente isso com seus programas, não creio que seja encaixada nesse setor jornalístico).
Essa, sem dúvida, foi a lição mais importante que aprendi, pois isso abriu novas vias de atuação em minha mente, que antes era composta por uma única estrada totalmente esburacada. Com essa nova visão, partiu-me em dois a dúvida: em que tipo de jornalismo trabalhar especificamente? Se por um lado há uma terrivel panelinha e jogo de vaidades do mais alto nível de baixeza humana, do outro há aquela vida entocada em um escritório dividindo espaço com muitos outros funcionários tementes aos chefes desalmados. Se por um lado há a busca da notícia, conhecer gente influente e textos divulgados em todo país, no outro há um mercado cada vez mais em alta, com cotidianos até que razoavelmente tranquilos, sem muito estresse... Mas essas são alternativas a se pensar ao longo da vida, por vezes, não sou eu quem as escolho, não, é a vida que me leva e impõe um microfone na mão em Fernando de Noronha ou um escritório de vista para a Avenida Paulista.
Resumidamente foi esse o meu dia, fora, claro, o fato de eu ter que passar toda uma entrevista do gravador para o word (procedimento chamado de "decupar fita"), essa, sem dúvida, é a parte chata do jornalismo e terei que arcar com esses duros ossos do ofício... Essa entrevista recebeu cortes e modelagens para ficar “lida” pelos internautas, também recebeu introdução e formatação, tudo feito por mim. Esse foi uns dos principais frutos de meu primeiro dia como “estagiário” de jornalismo! Agradeço muito agradecidamente ao Rodrigo Capella por ter me cedido essa oportunidade única de aprendizado, e, agradeço mais ainda por ele ter deixado meu texto e formatação da entrevista todinhos na íntegra, sem alguma modificação sequer... Que coragem, poeta!
2 comentários:
mew futuro jornalista poeta!
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o dia do poeta é bem laranja!
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