Está muito certo que a alvorada
Há de nos cobrir a beijos mudos
E há de nos tirar o sono com seu
[tato leve.
E de súbito, dar-se-á conta do tempo
E há de rasgar o breu, em desespero.
Está muito certo que acordarás
Com um suave beijo mentolado
E receberás, com festejo, ensejo:
Bom dia! Bom dia! E tornarás
A dormir, suave, bela, no sorriso.
E é muito certo, dama, que vossa vinda
Há de ser respeitada com um abraço
Delongo... Plausível ante teu olhar caído.
Tua mão há de ser lacrada pela minha
Ansiosa pelo momento...
E repousaremos em paz, tornaremos
A trair o sol num momento entranhável,
Intenso e festivo. Ligado somente ao
Silêncio forte de nossas narinas inalando
O ar quente do próximo.
É deveras certo que viveremos do próximo
Para o próximo até o infinito de nossa morte:
Repartiremos as pétalas de nossas tumbas
E viveremos o termo num descanso longínquo
Por entre as brumas da eternidade... Datadas do além!
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