Ai, que dó, ai ai, que dó
Foi que vi o pobre animal.
Revirando lixo, imitando bicho
Nas ruas amargas da capital.
Precisava de ajuda, estava só o pó
E tão só, que era - sim - de dar dó.
Não era mau. Era acuado, judiado,
O coração de dar nó e o corpo abafado.
Apanhei-no com cautela, tão lindo
Tão fofo e traquinas, dei-lhe banho,
Casa e comida; e na porta ladrava
Quando notava a minha saída.
Tão lindo era o cão que retirei
da perdição que nem lembrei-me
do dono revirando o lixo com a mão.
Era o dono que morria e o cão que
----------------------------[ficou são].
Um comentário:
Postar um comentário