quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Prova de Química

Suas palavras proclamadas
Desentendidas e perturbadas
Lhe saíam à boca secada*
Lhe fugiam à mente estragada.

A velha mercava: Era dia,
Era a noite! Mas, senhora,
Não via hora, nem trama via
Pois era a noite a dura
Senhora de sua poesia

Era açoite e torpor que luzia
Era tudo o que havia, e havia...
Ah, se as estrelas lembrassem
De tanta dor do universo
Dispersas, todas naqueles versos...

Cada brilho apagaria
E cada chama esvairia
Naquela penumbra fria


*Seria bonito se existisse, mas acabou indo pro glossário. Aurélio que me perdoe.

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