A tarde lambendo minh'alma
Suposta porta da navalha.
A brisa cavando a vala
Com sua dança desvairada.
A mão que corre o couro
Afagando qual agouro
A telha quente do soldado
Tão contente e mal-amado.
A moça comendo o prato
Pronto o prato, comido o rato
Com a mão, o dente, a gula
Qual besta qual engula.
E os professores, dementes,
Lecionando, esquecidos
Nesta tarde ardente,
São feitores, fazedores,
São horrores reprimidos.
Todos nesta tarde
Numa só tranquilidade!
Felizes, felizes, felizes!
Vivendo um dia, mais um dia
Fenecendo na cidade.
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